Lembra-se de Deus...
Texto: Ecl.12.1
Por muitas vezes as pessoas são interrompidas ao vir a sua memória a celebre frase: “Lembra do teu Criador…” Parece um versículo simples, um imperativo, uma ordem, ou uma simples admoestação? Mas afinal de contas, o que é lembrar do Criador? Será de vez em quando, quando Ele vier a nossa mente como uma hora de cafezinho?
Foi pensado nisso que passamos a refletir em como o mundo se lembra de Deus e se esse é o tipo de lembrança que ele deseja. Observamos as pessoas que nos cercam e vemos no que suas atitudes têm a haver com o Senhor. Em seus gestos não se notam Deus. Percebe-se que seus objetivos são outros. Quem é Deus para eles? Não será um ser distante, a quem não tem que dar conta dos seus atos?
Olhemos a sociedade, os filmes e comerciais de tvs. Em algum lugar se vê logo que leva em direção ao Criador ou que ao menos respeite as suas leis? Não. Ele é ignorado
Para um observador de fora, ao examinar a nossa sociedade, jamais imaginaria tratar-se ela de uma sociedade cristã, pois é cristã apenas de nome. As pessoas dizem que crêem em Jesus apenas por habito ou tradição, que lhes foram passado pelos pais e como uma regra que já encontraram prontas, não tiveram um encontro real com Cristo, não passaram por uma experiência radical de deixar Jesus revolucionar a sua vida, como o caso, do apostolo Paulo, que depois de um encontro com Cristo no caminho para Damasco, nunca mais perseguiu o povo de Deus, ele foi mudado completamente.
O que temos então? Um mundo a maioria dos cristãos o são apenas de nome. Um mundo onde paganismo e feitiçaria são chamados também de cristianismo e onde até anticristos são chamados cristãos. E isso manifesta-se em práticas curiosas de pseudo-crentes adúlteros, assassinos e homossexuais. Não que eles não se lembrem de Deus. À vezes têm que pedir algo que é impossível para os homem. E assim pedem a Deus. Deus para eles é uma espécie de papai-noel ou de banco reserva de ultima hora. Deus seria uma forma de empregado, apenas fornecedor de bênçãos, sem vontade, um tolo de quem podemos usar à vontade por estar tão senil de bonzinho. Assim o vêem, e assim não o temem.
Escravo, não o Senhor!
Esta sem dúvida não é o tipo de lembrança que Deus deseja, pois isso nem se configura em lembrança, mas em uma clara deturpação de sua imagem divina, formulada por pessoas que querem um Deus escravo e não um Deus Senhor. Idéia torna ainda mais curiosa muitos quererem compra-lo através rituais obscuros, como se isso satisfizesse aquele exige que sejamos santos como Ele é santo. É curioso que essa atitude surja de uma exegese errada de palavra bom. Mas digamos que esse não é o modo correto de se compreender a palavra. Decerto não seria bom aquele que deixasse de proteger a sua plantação com os remédios adequados por não querer matar os insetos. Ele estaria sendo ruim com a plantação e incoerente com o próprio projeto de semear.
É tão curiosa a nossa sociedade que cria datas para se lembrar de Deus. Vejamos a semana santa, por exemplo, uma data onde a lembrança é uma mera formalidade e cuja prática se resume em comer em vez de carne. O Natal, por sua vez, é para a maioria uma festa animada, onde se bebe e se dança e ninguém sequer se lembra se lembra do que realmente significa, É apenas um motivo para comemorar. Poderia até ser o nascimento de outro qualquer. No dizer do poeta “ A humanidade ainda o retira do berço para depois crucifica-lo”. Olhemos só por um instante para esse mundo caótico bombas explodem aviões nos ares, onde há assaltos em cada esquina, e onde a grande massa trabalhadora é cada vez mais explorada pela ganância de uns loucos que detêm o poder nas mãos. É necessário perguntarmos ainda por que devemos nos lembrar de Deus? Quem, senão Ele, pode dar solução a tudo, e preencher o vazio de nossas vidas? Como sobreviver senão na esperança de um mundo melhor? Mundo onde o amor reine e a paz perdure eternamente? Isto não pode ser feito sem Ele. E com Ele significa sua presença real na vida de cada um. Será que haveria terroristas colocando bombas em aviões se estes possuíssem Deus em suas vidas? Alguém que conhecesse realmente o Criador assassinaria ou roubaria alguém? Não. É certo que não. E é por isso que o mundo é assim, por não se lembrar, pois muito embora todos falem de uma forma ou de outra nEle, não se O nota nas suas vidas. E isto não é lembrar de Deus. Não adianta confessá-lo com nossas palavras, mas nega-lo com nossas atitudes.
“Discípulos”, sem Mestre
Mas, afinal, o que é lembrar do Criador? Ora, ninguém, ao tomar o volante de um carro, o faz sem saber dirigir, ninguém atira num alvo sem mirá-lo, ninguém se joga de um rio sem saber nadar, mas, ao que parece, em geral, as pessoas não têm controle da sua vida religiosa, não miram o alvo certo, e por isso estão sempre sem direção e se afundam sempre em suas próprias teorias, e se perdem em labirintos sem novelos para guia-los, sozinho com os minotauros dos seus pesadelos. Para chegarmos a uma religião distante que não conhecemos é preciso um mapa, para nos hospedarmos numa casa é preciso conhecermos o seu proprietário, para conhece-lo precisamos ser apresentados por alguém. O mapa para essa região é Cristo, o caminho para essa região é Cristo, e é Ele quem nos apresenta o Pai e nos faz conhece-lo. E quem é Cristo está na palavra de Deus, o testamento em que nos oferece eterna pela força do seu testemunho, pelo sacrifício da sua vida, e pela ressurreição do seu poder. Lembrar do Criador, portanto, é ser possuído por Cristo, ter o Mestre habitado em nossas vidas. Sim, em nossas vidas, pois lembrar de Deus não é apenas vir seu nome em nossa mente como uma idéia abstrata e sem forma, mas ter esse Deus nessa mesma mente , Ele pensando em nós, e agindo em nós, não apenas como uma teoria de um metafísico qualquer, mas como uma realidade.
Mas a realidade de Deus não pode existir senão com a constante entrega de nossos passos Àquele que tem todo o poder. Em cada gesto devemos nos lembrar do nosso Criador, colocar Deus. Estamos glorificando-O com eles? Estamos glorificando-O com eles? Estamos fazendo seis próprios caminho e se assentasse num trono que não lhe pertence.
O reino do homem!
O homem. Que tem edificado tantos reinos e os tem visto serem destruídos pela sua fragilidade, não fizer de Deus a consciência da historia, enquanto não lembrar de Deus na edificação dos seus séculos. Só Cristo edificará um reino sem fim.
Mas o mundo prossegue no seu caminho, na sua trajetória desabalada, com seus falsos guias e falsos caminhos. Já vislumbramos o dia em que os filósofos, professores e líderes políticos e religiosos serão os primeiros a ser chamados a juízo para darem conta de suas atitudes. Deus perguntara: ”E vós, como guiastes meu povo?”
Podemos vislumbrar o dia em que a cada ser será perguntado se lembrou de Deus, e, feito o levantamento das suas vidas, verificara se Deus não estava nelas. E na sua sentença estará escrito: porque não se lembrarem de Deus. Mas vemos também aqueles cujos gestos proclamavam a glória do Criador. Estes viverão num mundo de paz, onde o nome do Senhor estará escrito em suas testas. E nas honras e tributos e esses fiéis estará escrita esta frese, que será um resumo de vida deles na terra: Estes se lembram de Deus.
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